sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Frasco ou fiasco?


Ao tomarmos nossa posição enquanto filhos de Deus, devemos estar cientes da responsabilidade que temos quanto ao nosso testemunho. Todas as nossas atitudes necessitam estar respaldadas pelo discernimento que o Senhor traz através de Seu Espírito para nossas mentes.

Paulo faz uma comparação bastante interessante quanto ao nosso papel enquanto discípulos do Senhor:

Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? 2 Coríntios 2.15-16

A analogia do testemunho cristão com o cheiro de perfume nos faz refletir acerca de algumas características que este último apresenta. A fragrância de uma colônia, por exemplo, é o que a torna agradável, ou não, ao olfato dos outros. Caso você não saiba, se o perfume sair do prazo de validade, ele adquire um cheiro insuportável, incapaz de satisfazer até mesmo o gosto de um cliente pouco cuidadoso.

Também lembramos que o que é mais importante num perfume não é a sua embalagem ou seu frasco, mas a essência que o distingue dos demais tipos de odores existentes. E ainda quanto ao frasco, caso este tenha defeitos, fará com que o perfume perca seu odor agradável e torne-se apenas um apanhado de álcool sem utilidade alguma.

Trazendo estes aspectos ao nosso relacionamento com Deus, veremos que faz sentido esta simbologia feita pelo apóstolo. Da mesma forma que um perfume, nosso comportamento é avaliado, não pelo odor que possui, mas sim pelas nossas ações. Se não tivermos atitudes temperadas por aquilo que Deus ministra em nossas vidas, seremos ou insuportáveis ou sem atrativo algum. É a presença de Cristo em nossas vidas que faz termos algum valor verdadeiramente.

Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo se entregou por mim. Gálatas 2.19-20

Se perdemos o tempo de realização de nosso chamado, por sua vez, não haverá mais serventia alguma para os outros, muito menos para o Senhor. Não cumprir nosso chamado, isto é, não realizar a vontade de Deus é o equivalente ao perfume estragado, que espalha um cheiro ruim pelo ar, causando mal-estar em quem o inala.

No perfume, o que o valoriza é o seu aroma, e não o frasco. O que há de importante em nós só vai ser reconhecido pelos frutos que advirem, e não pelos nosso títulos religiosos, tempo de conversão ou ministérios.

Senhor, que é o homem para que dele tomes conhecimento? E o filho do homem, para que o estimes? O homem é como um sopro; os seus dias, como a sombra que passa. Salmo 144.3-4

Enquanto não tomarmos a decisão de esvaziarmos de nossa humanidade, Deus não poderá agir em nossas vidas, pois o que Ele valoriza é um coração despojado de toda prepotência e orgulho.

Por fim, uma vida em pecado equivale a um frasco quebrado de perfume. O odor logo vai embora e só resta um líquido sem utilidade. Do que adianta ser cristão e continuar a levar a vida nos mesmos erros do passado, sem perspectiva de arrependimento? Torna-se alguém inútil para a edificação do Corpo de Cristo, que é a Igreja.

Que qualidade tem o perfume que você anda espalhando por onde passa? De onde ele provém? De sua humanidade ou da obra que o Senhor tem realizado em sua vida? Esteja ligado a Cristo para espalhar o perfume que vem dEle.

Por Diego Cesar

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