sábado, 24 de novembro de 2012

De pai para filhos


Será para os sacerdotes santificados, para os filhos de Zadoque, que cumpriram o seu dever e não andaram errados, quando os filhos de Israel se extraviaram, como fizeram os levitas. Será região especial dentro da região sagrada, lugar santíssimo, fazendo limites com a porção dos levitas. Ezequiel 48.11-12

Entre os homens de Deus, um personagem que destacou-se durante os tempos dos reis Davi e Salomão foi o sumo-sacerdote Zadoque. Filho de Aitube e da linhagem de Eleazar (filho de Arão), é mencionado na Bíblia pela primeira vez quando sai ao encontro de Davi, quando de sua proclamação como rei, na cidade de Hebrom (1 Crônicas 12.28). Foi talvez por causa disso que Zadoque foi nomeado chefe dos aronitas (1 Crônicas 27.17). Também foi encarregado da Arca da Aliança (2 Samuel 15.24).

Zadoque e seu colega Abiatar atuaram como sumo-sacerdotes em várias ocasiões importantes. Contudo, quando Adonias tentou apoderar-se do trono por ocasião da sucessão do trono de Israel, Abiatar juntou-se ao grupo conspirador, enquanto que Zadoque permaneceu fiel a Salomão, que expulsou Abiatar do sumo-sacerdócio. Assim, o povo hebreu passou a ter um único sumo-sacerdote (1 Reis 2.35).

Em Zadoque, o ministério sacerdotal recuperou a dignidade, com seus descendentes mantendo-se no posto de responsáveis pelo Templo até a queda de Jerusalém. Bem diferente do destino da descendência de Eli, que encerrou sua participação no sacerdócio com a expulsão de Abiatar, assim como profetizou por um homem de Deus (1 Samuel 2.27-36).  

O ministério deste homem foi tão especial diante de Deus que a sua descendência também é mencionada como a responsável pelos serviços no Templo da Cidade Santa, conforme o profeta Ezequiel descreve em seu livro: os filhos de Zadoque (Ezequiel 40.46).

Estes têm o privilégio de estarem mais próximos de Deus, já que realizam os principais sacrifícios. Outra característica marcante deles é o grau de consagração espiritual que possuem, dedicando suas vidas exclusivamente à adoração do Senhor, tendo mais crédito para fazer isso que os próprios levitas.

De Zadoque tiramos o exemplo de fidelidade. Não só às autoridades humanas, mas também ao Senhor, que requer de nós o melhor em nossos ministérios.

Por Diego Cesar

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mudança


Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, O tendes ouvido e nEle fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. Efésios 4.17-24

Desde o seu início, a igreja cristã tem dificuldades com alguns fiéis. Isso é tão verdade que o texto de Paulo, escrito há mais de 1950 anos, continua atual e aplicável ao nosso modo de viver enquanto discípulos de Cristo.

Através da leitura, percebemos o interesse que Deus tem em que construamos um relacionamento sólido com Ele. E a chave disto está na obediência a princípios em nosso modo de agir e pensar.

O apóstolo inicia sua exortação com um exemplo de vida que não deve ser seguido por nós: o de pessoas que estão afastadas do Senhor pela paixão do que há no mundo.

Aquele que conhece Deus por ouvir falar tem a própria mente como dona de suas atitudes. As necessidades pessoais é que impulsionam a fazer as coisas, cujo fim é a exaltação do próprio indivíduo. Ele é ignorante das coisas de Deus não apenas por falta de conhecimento, mas também por falta de vontade de conhecer.

Não são poucos os casos de cristãos que sentem-se atraídos por esse estilo de pensamento. Nem raros os episódios de membros da igreja que perderam-se longe dos caminhos do Senhor. Estas coisas resultam, principalmente, da falta de fé e do orgulho.

Falta de fé por achar que Deus não é capaz de suprir suas carências, por maiores que sejam. E orgulho por achar-se autossuficiente quanto às decisões de sua vida.

Para isto, a Bíblia nos ensina que devemos levar ao Senhor nossas petições (Filipenses 4.6-7) e que não é preciso ter orgulho em nosso coração (Tiago 4.10).

Paulo indica também que a maneira de viver do crente não pode assemelhar-se aos padrões mundanos. Não precisamos agir com a intenção de sermos aceitos por um grupo. Devemos ter um modo de vida que nos coloque diante do Senhor sem mácula alguma (2 Timóteo 2.15).

O velho homem representa tudo o que nos afasta da comunhão com Deus e dos efeitos dela em nossa vida. Se desejamos ser abençoados, é importante estarmos próximos do Pai, desejando cada vez mais Sua presença.

O Espírito Santo nos ajuda a fortalecer a amizade que temos com Deus, já que Ele próprio é Deus. Com isso, compreendemos que estamos em boas mãos; reconhecemos a existência de um Deus que nos ama como filhos legítimos.

Nossos pensamentos devem ser constantemente renovados para que a obra de Jesus seja completa em nossas vidas. Afinal, depende de nossas atitudes a condução da nova vida dada por Ele na cruz. Se continuarmos agindo como antes de nossa conversão, não poderemos afirmar que temos novidade de vida.

O novo homem simboliza o compromisso diário e consciente de relacionar-se com Deus. A partir daí, não devemos mais ser dirigidos por desejos da carne, mas vestirmos nossa nova natureza, caminharmos em uma nova direção e assumirmos a mente de Cristo (Romanos 12.2).

Não podemos mais buscar a Deus somente para satisfazer nossos interesses. Não são momentos que nos fazem cristãos, mas a vida inteira comprometida com as coisas do Alto.

Nossas atitudes devem refletir a nossa fé. Fé que é a certeza do amor de Deus por nós e de uma vida santa na Sua presença.

Por Diego Cesar