segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mudança


Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, O tendes ouvido e nEle fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. Efésios 4.17-24

Desde o seu início, a igreja cristã tem dificuldades com alguns fiéis. Isso é tão verdade que o texto de Paulo, escrito há mais de 1950 anos, continua atual e aplicável ao nosso modo de viver enquanto discípulos de Cristo.

Através da leitura, percebemos o interesse que Deus tem em que construamos um relacionamento sólido com Ele. E a chave disto está na obediência a princípios em nosso modo de agir e pensar.

O apóstolo inicia sua exortação com um exemplo de vida que não deve ser seguido por nós: o de pessoas que estão afastadas do Senhor pela paixão do que há no mundo.

Aquele que conhece Deus por ouvir falar tem a própria mente como dona de suas atitudes. As necessidades pessoais é que impulsionam a fazer as coisas, cujo fim é a exaltação do próprio indivíduo. Ele é ignorante das coisas de Deus não apenas por falta de conhecimento, mas também por falta de vontade de conhecer.

Não são poucos os casos de cristãos que sentem-se atraídos por esse estilo de pensamento. Nem raros os episódios de membros da igreja que perderam-se longe dos caminhos do Senhor. Estas coisas resultam, principalmente, da falta de fé e do orgulho.

Falta de fé por achar que Deus não é capaz de suprir suas carências, por maiores que sejam. E orgulho por achar-se autossuficiente quanto às decisões de sua vida.

Para isto, a Bíblia nos ensina que devemos levar ao Senhor nossas petições (Filipenses 4.6-7) e que não é preciso ter orgulho em nosso coração (Tiago 4.10).

Paulo indica também que a maneira de viver do crente não pode assemelhar-se aos padrões mundanos. Não precisamos agir com a intenção de sermos aceitos por um grupo. Devemos ter um modo de vida que nos coloque diante do Senhor sem mácula alguma (2 Timóteo 2.15).

O velho homem representa tudo o que nos afasta da comunhão com Deus e dos efeitos dela em nossa vida. Se desejamos ser abençoados, é importante estarmos próximos do Pai, desejando cada vez mais Sua presença.

O Espírito Santo nos ajuda a fortalecer a amizade que temos com Deus, já que Ele próprio é Deus. Com isso, compreendemos que estamos em boas mãos; reconhecemos a existência de um Deus que nos ama como filhos legítimos.

Nossos pensamentos devem ser constantemente renovados para que a obra de Jesus seja completa em nossas vidas. Afinal, depende de nossas atitudes a condução da nova vida dada por Ele na cruz. Se continuarmos agindo como antes de nossa conversão, não poderemos afirmar que temos novidade de vida.

O novo homem simboliza o compromisso diário e consciente de relacionar-se com Deus. A partir daí, não devemos mais ser dirigidos por desejos da carne, mas vestirmos nossa nova natureza, caminharmos em uma nova direção e assumirmos a mente de Cristo (Romanos 12.2).

Não podemos mais buscar a Deus somente para satisfazer nossos interesses. Não são momentos que nos fazem cristãos, mas a vida inteira comprometida com as coisas do Alto.

Nossas atitudes devem refletir a nossa fé. Fé que é a certeza do amor de Deus por nós e de uma vida santa na Sua presença.

Por Diego Cesar

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