sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pastor que quer queimar Alcorão dá prazo para resposta sobre mesquita


O pastor evangélico norte-americano Terry Jones, que ameçou queimar vários exemplares do Alcorão neste sábado (11), intimou nesta sexta-feira o imã que deseja construir uma mesquita próximo ao Marco Zero de Nova York que responda dentro de duas horas se está de acordo em transferir o local da construção do templo.

"Temos um desafio para o imã de Nova York", afirmou Jones numa coletiva de imprensa do lado de fora de sua igreja em Gainesville, Flórida.

"Nós queremos saber e queremos perguntar à imprensa se podem contatá-lo e descobrir se ele concordou em levar a mesquita do Marco Zero para outro local", acrescentou.

Ele disse ainda que o prazo para uma resposta expiraria às 16h20 (hora de Brasília). O prazo terminou sem que o imã desse resposta.

Na véspera, Jones anunciou que recuou do plano de queimar o livro sagrado do Islã, depois de uma onda de pedidos e protestos mundo afora. Ele disse inicialmente ter conseguido um acordo para impedir a construção da mesquita no local dos ataques do 11de Setembro, mas depois foi contestado.

Milhares de afegãos protestaram nesta sexta contra os planos de queimar exemplares do Alcorão. Segundo a agência de notícias Reuters, as manifestações se espalharam para a capital e pelo menos mais cinco províncias.

Centenas de pessoas se reuniram em Cabul, enquanto cerca de duas mil marcharam em direção à prédios do governo em Farah. Segundo uma autoridade da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), um manifestante foi baleado e morreu nas proximidades de uma base da Otan em Badakhshan. Vários ficaram feridos. A manifestação começou após a oração que marcou o fim do Ramadã, ato celebrado com a festa de Aid El Fitr.

Esta foi a terceira grande manifestação no Afeganistão desde o anúncio de que o pastor americano pretendia queimar exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, em um protesto contra o fundamentalismo islâmico e a maneira como ele estaria pautando a agenda americana.

As críticas ao plano são inúmeras, do presidente Barack Obama a países como Índia e Indonésia, o de maior população muçulmanda no mundo, passando pelo Vaticano, Irã e Iraque. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também manifestou preocupação com as possíveis consequências da queima do Alcorão.

Fonte: www.g1.globo.com

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