quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fábrica de endurecer corações


Igreja. Quando penso nela me vem a idéia de um lugar cheio de pessoas. Pessoas alegres, transformadas por um encontro com Cristo. Pessoas que tiveram uma mudança radical de vida, e encontrando a verdadeira Vida, agora vivem diferentes. Isso tudo é muito bonito na teoria.

Na prática quando penso na Igreja, vejo um lugar cheio de pessoas. Mas essas pessoas estão muito aquém do que deveriam ser, longe do ideal proposto pelo Mestre Jesus, o "Senhor da Igreja". A começar pela minha vida, vejo que somos um amontoado de pessoas falhas que estão tentando acertar o alvo, apesar da presença constante e devastadora do pecado, que destrói boa parte daquilo que vamos construindo nessa jornada da fé. Mas além de todos esses problemas ainda há a presença daqueles que estão entre nós só para "engrossar o caldo". São pessoas que confundem a essência de tudo: a Igreja é o POVO, e não a INSTITUIÇÃO, O PRÉDIO!

Essas pessoas vão tomando os lugares de liderança e com suas vidas amargas deixam de lado os princípios básicos do bom cristianismo (prá não falar da boa educação). E assim a convivência vai se tornando difícil, a ponto de muitos recém-nascidos abandonarem o meio, ou morrerem em meio ás muitas discussões "teológicas" que a nenhum lugar levam.

Quando a Igreja deixa de ser corpo para ser instituição começa a sua derrocada. Os mais insistentes vão tentando, mas os fariseus prosperam a olhos vistos. O que acontece é que as pessoas vão se machucando, se ferindo e para não padecerem de uma "infecção generalizada" espiritual, elas se fecham. Aí começa o processo de endurecimento do coração. Começam a recusar so cargos, começam a fazer apenas o necessário, começam a ... deixar de viver a vida da fé em comunidade. Os fariseus, por sua vez, não deixam o osso nem com reza braba!

Hoje entendo porque muitos preferiram "se anular" para poderem sobreviver na fé. Alguma coisa precisa ser feita. Precisamos parar, refletir, e pedir perdão. Precisamos também mudar de vida. Resgatar os princípios bíblicos, estimular a convivência sadia entre os irmãos e derrubar o que precisar ser derrubado para construirmos algo mais sólido.

Autor: Maurício Boehme

Fonte: SOLOMON

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