quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Isaque ou Jacó, Rebeca ou Raquel: qual tipo de cônjuge você escolhe?


E disse consigo: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu senhor Abraão! Eis que estou ao pé da fonte de água, e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água; dá-me, pois, que a moça a quem eu disser: inclina o cântaro para que eu beba; e ela me responder: Bebe, e darei ainda de beber aos teus camelos, seja a que designaste para o teu servo Isaque; e nisso verei que usaste de bondade para com o meu senhor. Gênesis 24.12-14

Esta foi a oração do servo de Abraão, Eliézer, quando já se encontrava nos arredores da cidade de Naor. Ele não pedia que o Senhor o mostrasse uma mulher bonita, mas uma varoa que fosse piedosa e que Ele (Deus) estivesse preparando para Isaque, filho do seu senhor Abraão.

O Senhor ouviu o clamor de Eliézer e encaminhou Rebeca para junto dele. Ele viu que o Senhor respondeu a sua oração quando viu Rebeca com seu cântaro sobre o seu ombro (Gênesis 24.15) vindo em direção ao poço para apanhar água. Certamente, ele percebeu que ela era uma jovem trabalhadora e, por isso mesmo, com caráter valorizado por Deus.

Nesse meio tempo, Isaque soube guardar no coração os conselhos de Abraão e esperou pelo cumprimento da jornada de Eliézer para então poder iniciar um relacionamento afetivo.

Pela fé, Rebeca viajou cerca de 800 quilômetros com o servo de Abraão para se encontrar com Isaque, aquele que ela nunca vira mas que iria ser tornar o seu esposo. Ela não o conhecia mas sabia que o Senhor o preparara para ela.

Rebeca também era ótima cozinheira, e ensinou tudo a seu filho Jacó. Ademais, Rebeca tinha certeza que Jacó era o verdadeiro herdeiro da benção de Deus, pois ela soube interpretar a profecia bíblica de que o maior serviria ao menor (Gênesis 25.23). Ela estava convicta de que estava fazendo a vontade de Deus quando aconselhou a Jacó a se passar por Esaú e receber as bênçãos de Deus pelas mãos de Isaque (Gênesis 27.6-17).

Em sentido oposto a todos os valores de Deus que vimos na espera de Isaque por sua esposa, temos o exemplo de Jacó, que pouco soube praticar o que provavelmente foi aconselhado por sua mãe tempos antes de fugir da casa de seu pai por temor de seu irmão Esaú.

Jacó apaixonou-se por Raquel, o que o fez esquecer de procurar no caráter dela marcas da presença de Deus. E ele teve tempo suficiente para isto, uma vez que passou 14 anos trabalhando para seu tio Labão antes de casar-se com Raquel. Sequer chegou a consultar seus pais para saber se eles aprovariam ou não a união dele com Raquel, sua segunda esposa.

Por fim, Jacó, quando saiu de Padã-Arã, da casa de Labão, com a sua família, e especialmente com a mulher que mais amava - Raquel, foi mais uma vez cego pelo amor, permitindo que o pecado morasse em sua casa. Raquel era amada de Jacó, mas era idólatra, chegando ao ponto de carregar os ídolos roubados do seu pai para a sua nova casa, estabelecendo a maldição através da legalidade:

Tendo ido Labão fazer a tosquia das ovelhas, Raquel furtou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai. Gênesis 31.19

[Labão perguntou a Jacó] Por que me furtaste os meus deuses. Gênesis 31.30.

O mal foi estabelecido na família de Jacó porque ele permitiu que a sua mulher amada convivesse em sua casa com ídolos.

Ainda hoje, a idolatria e o misticismo estão presente em muitas vidas até mesmo dentro das igrejas. São crendices que muitos cristãos ainda carregam e que trazem consigo contaminações e maldições. É preciso arrancar tudo o que é anátema do meio do povo de Deus, em especial nas relações conjugais.

Isaque e Rebeca foram bem-sucedidos em seu casamento e seu lar. Aqui vemos o contraste entre a postura de Isaque e o que é praticado pelos jovens, mesmo no meio cristão. Eles muito frequentemente acham que a entrega de seus sentimentos é uma questão na qual apenas o próprio "eu" deveria ser consultado, questão esta que nem Deus nem os pais de qualquer modo deveriam dirigir. Muito antes de atingirem a idade de homens ou mulheres feitos, julgam-se competentes para fazer sua escolha, sem o auxílio de seus pais.

Poucos anos de vida conjugal são usualmente bastantes para mostrar a jovens incautos seu erro, mas demasiadamente tarde para impedir seus resultados funestos. Pela mesma falta de prudência e domínio que determinaram a escolha precipitada, dá-se ocasião a que o mal se agrave, até que a relação matrimonial se torne um jugo mortificante.

Amar é, antes de mais nada, saber esperar pela pessoa certa para sua vida. Consulte ao Senhor antes de iniciar um relacionamento e procure conhecer bem quem você quer ao seu lado.

Deus quer que sejamos felizes e prósperos em tudo, inclusive nas relações afetivas. Então, não jogue fora a oportunidade de saber dEle próprio quem é que deve caminhar com você pelo resto de seus dias.

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. Provérbios 4.23

Por Diego Cesar

Nenhum comentário:

Postar um comentário