quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Eu, eu mesmo e o pecado


Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Romanos 7.14-24

Não importa o quanto você fuja. Ele alcançará facilmente. Também não adianta usar todo seu conhecimento para vencê-lo. Ele é mais resistente do que você possa imaginar. O que aparenta ser a descrição do vilão Jason, da série de filmes de terror Sexta-Feira 13, na verdade é o retrato de algo bem familiar a todos nós: o pecado.

Apesar de toda familiaridade que temos com a carne e suas obras, está longe de nós o desejo de praticar aquilo que nos afasta de Deus, muito menos agora que temos uma vida com Cristo. Porém, vez ou outra o assédio do pecado parece mais forte do que nossa determinação em obedecer à vontade do Senhor e... cedemos.

O que fazer quando a tentação é consumada? Como agir após o pecado tornar-se real? A solução não está em atitudes de desespero e autocomiseração. Dar ouvidos às artimanhas do inimigo – que nos chama de fracassados, incapazes - também deixa de ser outra opção plausível.

Arrependimento fundamentado na dependência de Deus é que nos afasta do perigo de ceder constantemente às ofertas que a carne nos traz à memória. É o poder que reside no sangue de Cristo que responde à inquietação do apóstolo em sua carta aos Romanos ("Quem me livrará do corpo desta morte?"). A confissão de fé na morte e ressurreição do Senhor Jesus amortece nossa carne e nos faz viver para Sua vontade.

Daí a importância da vida com Deus não ser tomada pela estagnação espiritual. É necessário ter o cuidado de buscar sempre mais de nosso Pai para que a renovação faça-se presente em nossos corações.

Algo que precisamos atentar é a realidade carnal que possuímos: não há meio de livrar-se das tentações enquanto estivermos neste corpo. O pecado só findará suas investidas quando não tivermos mais um corpo físico. O que nos cabe é impedir que ele domine nossas ações nesse meio-tempo. E isso só ocorre em quem toma como hábito a dependência ao Senhor.

Não fuja de si mesmo. Recorra a Deus e tenha a transformação em seu caráter. Tanto você quanto o Senhor desejam que a carne morra, e somente Ele pode fazer com isso ocorra verdadeiramente.

Por Diego Cesar

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