domingo, 2 de janeiro de 2011

Profetadas, histeria e outras confusões no meio evangélico


Todo excesso é prejudicial. E esta máxima não exclui o que alguns chamam de vida com Deus, mas que está bem longe de sê-lo. Reassevero a ideia de que muitas vezes a nossa vontade não é idêntica àquilo que o Senhor espera que façamos/vivamos. É necessário aprimorar nosso discernimento espiritual para saber o que é a vontade dEle para cada um de nós e isso só vem com a prática constante.

Enquanto muitos buscam um relacionamento sério com Deus, outros perdem-se em ritos desconexos com a Palavra que mais trazem problemas do que soluções à igreja. Criar crendices no meio evangélico não faz com que Deus se faça mais presente em nosso meio. Creio que faz é afastá-Lo de Seu povo.

Para ilustrar, pense sobre três coisas que ocorrem na igreja e há quem já tome como corriqueiro: profetizar o óbvio, ungir a tudo e a todos e transformar a Bíblia num acessório supérfluo à vida do crente.

Quem não já ouviu durante qualquer reunião solene um discurso bastante comovente sobre alguma necessidade que termina com um "amém"? Existe inclusive alguém que creia que o pregador é tão cheio da presença de Deus que soube antever aquilo que afligia sua alma e toma como sendo uma profecia. "Você vai prosperar, amém?", "Este é o ano de sua vitória, amém?", "Deus vai te dar o que mais sonhas, amém?", entre outros exemplos de profecias do óbvio. Tenha mais cuidado naquilo que você escuta e retenha, primordialmente, o que Deus falar a você diretamente. Dê mais crédito a Ele do que a um famoso pregador, pois antes do profeta existir sempre houve um Deus operando por quem espera nEle.

Outro erro evangélico recorrente é o uso de artifícios que, supostamente, fariam com que as pessoas se aproximem mais de Deus, como óleo ungido, crucifixos, estrelas-de-davi, etc. Nada disso torna uma pessoa ou um ambiente mais santo. Trazem a ideia da presença do Senhor, mas não Ele mesmo. Na verdade, a adoção destes instrumentos fazem com que a fé do cristão esteja em qualquer coisa diferente do próprio Deus. A Bíblia nos exorta a sequer confiarmos no homem, muito menos em objetos, que se tornam meio de idolatria aos desprecavidos.

Por fim, há quem valorize mais um louvor ou uma profecia do que a Palavra de Deus. Daí, a Bíblia torna-se mais um livro qe pega poeira na estante e só é aberto aos finais de semana. Para que Deus habite ricamente em nós, precisamos alimentar-nos de Sua Palavra, sem misturas ou resumos. Lembre-se: a Bíblia não é um apetrecho. Ela é o guia de sua vida, portanto precisa ser conhecida de capa a capa.

Você pode até achar que esta postagem é dura, mas é preciso acordar para o que realmente interessa, que é a vontade de Deus sobre nossas vidas. Ela que é o lugar certo para ficarmos e edificarmos nossos ministérios.

Por Diego Cesar

Nenhum comentário:

Postar um comentário