segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Por quantos dobrões se compra um evangélico pirata?


Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. 1 Timóteo 6.3-5

Vivemos um tempo que muito lembra as grandes navegações. Em especial, àquele grupo de bandidos que cruzava os mares em busca de riquezas conquistadas através do roubo e de trapaças: os piratas.

Não vemos mais navios gigantescos com bandeiras de caveira. Muito menos homens com pernas de pau e mosquetes ameaçando os indefesos. Também não há festas regadas a rum e papagaios aos ombros dos capitães das embarcações. Ao menos, não com essa aparência...

O Evangelho tornou-se uma moeda de troca aos olhos de muitos. Paulo alertou ao seu discípulo mais próximo do perigo que encontra-se em estar imerso em doutrinas que não provêm de Deus e mostrou as características de quem as segue.

Líderes de grandes igrejas levam massas ao êxtase sem ao menos pregar a Palavra. Pessoas que se dizem cristãs cometem crimes que chocam a sociedade e nos fazem questionar a veracidade de sua conversão. Pastores discutem entre si por questões que são claras através de uma leitura da Bíblia. Estes são exemplos que os piratas ainda existem hoje, mas com uma roupagem que não esperávamos de forma alguma encontrar: a de evangélicos.

Creio que o que nos torna cristãos é desejar e viver os ensinamentos de Jesus em nossas vidas. Porém, a partir do momento em que a pessoa só possui a qualificação – e não as qualidades de cristão –, não podemos dizer que ela é uma legítima discípula de Jesus. Daí a comparação com os corsários. Eles desejavam ter títulos e riquezas, mas por meios ilícitos, o que os descaracterizava enquanto herois ou nobres.

Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito. Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. Judas 17-21

Eis a chave para não cair no erro de quem deturpa a Palavra em proveito próprio e traz condenação sobre si por não obedecerem à vontade de Deus. Não podemos nos perder no propósito pelo qual fomos chamados. Nesta passagem de sua epístola, Judas nos exorta a mantermos fé e amor para Deus, bem como cultivarmos o hábito de orar através da intimidade com o Espírito Santo.

São estes detalhes, às vezes são deixados de lado por alguns, que fazem com que a vida cristã se aprimore e afastam nossos ouvidos dos ventos de falsas doutrinas que levam a muitos.

Acima de qualquer título ou prêmio oferecido está a Palavra de Deus. Não há nada que posso substitui-la. Se é da nossa vontade sermos cristãos verdadeiros, somente através da intimidade com Deus é que poderemos alcançar tal objetivo.

Ao invés de desafiar a morte e singrar por oceanos desconhecidos, é melhor estar ancorado no amor de Cristo, pois nosso maior tesouro é a salvação que há nEle.

Por Diego Cesar

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