Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais
andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,
obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em
que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis,
se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.
Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, O tendes ouvido
e nEle fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que,
quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo
as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento,
e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes
da verdade. Efésios 4.17-24
Desde o seu início, a igreja cristã tem dificuldades com
alguns fiéis. Isso é tão verdade que o texto de Paulo, escrito há mais de 1950
anos, continua atual e aplicável ao nosso modo de viver enquanto discípulos de Cristo.
Através da leitura, percebemos o
interesse que Deus tem em que construamos um relacionamento sólido com Ele. E a
chave disto está na obediência a princípios em nosso modo de agir e pensar.
O apóstolo inicia sua exortação
com um exemplo de vida que não deve ser seguido por nós: o de pessoas que estão
afastadas do Senhor pela paixão do que há no mundo.
Aquele que conhece Deus por ouvir
falar tem a própria mente como dona de suas atitudes. As necessidades pessoais
é que impulsionam a fazer as coisas, cujo fim é a exaltação do próprio
indivíduo. Ele é ignorante das coisas de Deus não apenas por falta de
conhecimento, mas também por falta de vontade de conhecer.
Não são poucos os casos de
cristãos que sentem-se atraídos por esse estilo de pensamento. Nem raros os
episódios de membros da igreja que perderam-se longe dos caminhos do Senhor.
Estas coisas resultam, principalmente, da falta de fé e do orgulho.
Falta de fé por achar que Deus não
é capaz de suprir suas carências, por maiores que sejam. E orgulho por achar-se
autossuficiente quanto às decisões de sua vida.
Para isto, a Bíblia nos ensina que
devemos levar ao Senhor nossas petições (Filipenses 4.6-7) e que não é
preciso ter orgulho em nosso coração (Tiago 4.10).
Paulo indica também que a maneira
de viver do crente não pode assemelhar-se aos padrões mundanos. Não precisamos
agir com a intenção de sermos aceitos por um grupo. Devemos ter um modo de vida
que nos coloque diante do Senhor sem mácula alguma (2 Timóteo 2.15).
O velho homem representa tudo o
que nos afasta da comunhão com Deus e dos efeitos dela em nossa vida. Se
desejamos ser abençoados, é importante estarmos próximos do Pai, desejando cada
vez mais Sua presença.
O Espírito Santo nos ajuda a
fortalecer a amizade que temos com Deus, já que Ele próprio é Deus. Com isso,
compreendemos que estamos em boas mãos; reconhecemos a existência de um Deus
que nos ama como filhos legítimos.
Nossos pensamentos devem ser
constantemente renovados para que a obra de Jesus seja completa em nossas vidas.
Afinal, depende de nossas atitudes a condução da nova vida dada por Ele na
cruz. Se continuarmos agindo como antes de nossa conversão, não poderemos
afirmar que temos novidade de vida.
O novo homem simboliza o
compromisso diário e consciente de relacionar-se com Deus. A partir daí, não
devemos mais ser dirigidos por desejos da carne, mas vestirmos nossa nova
natureza, caminharmos em uma nova direção e assumirmos a mente de Cristo (Romanos
12.2).
Não podemos mais buscar a Deus
somente para satisfazer nossos interesses. Não são momentos que nos fazem
cristãos, mas a vida inteira comprometida com as coisas do Alto.
Nossas atitudes devem refletir a
nossa fé. Fé que é a certeza do amor de Deus por nós e de uma vida santa na Sua
presença.
Por Diego Cesar
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