sexta-feira, 13 de maio de 2011

Falsos juízes


Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, Aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo? Tiago 4.11-12

As pessoas que frequentam a igreja estão condicionadas a um tipo de comportamento que trouxeram do mundo: julgar o próximo. Anos de convivência não impedem que olhares de reprovação surjam de um ou outro, uma vez que parece mais cômodo recriminar quem não age conforme a "cartilha" do que apenas levar aquilo que traz incômodo diante de Deus.

O mesmo vale para um curto tempo de comunhão. Os "achismos" falam mais alto do que o desejo de conhecer o próximo ou o partilhar de experiências com Cristo. Afinal, como um próprio adágio popular ensina, "para baixo, todo santo ajuda".

O próprio Senhor Jesus quando veio à terra não se colocou na condição de Juiz da humanidade, tendo todo o respaldo para isso. Pelo contrário, Ele se colocou na posição de Mediador entre nós e Deus-Pai. Com essa atitude, quis nos ensinar que não temos o condão de lançar juízo sobre a vida das pessoas que estão ao nosso redor. Cabe a Deus julgar a todos, pois só Ele conhece as motivações de espírito.

Todo caminho do homem é retos aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações. Provérbios 21.2

Partindo desse pressuposto, por quê nós, na miserável condição de humanos e, decorrente de tal fato, todos pecadores, achamo-nos em direito de julgar ou avaliar as ações de nossos irmãos?

Na condição de administradores das coisas de Deus, temos que, entre outras atribuições, distribuir o perdão e o amor. Ora, se o próprio Senhor não nega essas dádivas a quaisquer de Seus filhos, quem seríamos nós a ponto de atrever-nos em fazer acepção de pessoas na entrega daquilo que vem do Pai?

Da mesma maneira que Deus ama você, Ele ama também aquele que você julga um pobre pecador, imerecido de misericórdia. Não são obras que nos fazem melhores. Não são orações que nos fazem mais santos. É o amor de Deus que nos transforma. Amor derramado sobre todos incondicionalmente: pastores, drogados, casados, adúlteros, fiéis, ateus...

Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por tribunal humano; nem eu tampouco julgo a mim mesmo. Porque de nada me argúi a consciência; contudo, nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga é o Senhor. 1 Coríntios 4.3-4

Não julgue. Tão-somente ame!

Por Diego Cesar

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